quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Usando Ferramentas em sala de aula

Nós alunas do 3PNA do curso de Pedagogia da Faculdade Bilac tivemos a oportunidade de aproveitar o conhecimento passado pelo professor João Luis na disciplina de Pesquisa e Prática de Docência: Aplicativos Educacionais, disciplina essa que nos trouxe na prática a importância e o favorecimento destes conteúdos em sala de aula. Vimos o quanto nós professores temos que conhecer os recursos oferecidos pelos aparelhos como celulares, notebook, tablets, computadores e até mesmo os datashow e ainda temos a obrigação de além de saber manuseá-los saber como podemos aproveitá-los em sala de aula, de forma que se torne nosso aliado. Aprendemos ainda que além dos aparelhos temos também as redes sociais, pois através dela podemos fazer de nossas aulas muito mais produtivas e interessante, principalmente para o trabalho com os jovens e adolescentes. Nesta disciplina conhecemos o funcionamento de algumas delas e sabemos que não para por aí, devemos buscar entender como funciona todas as demais, para não nos tornarmos analfabetos quanto ao uso dessas ferramentas. Citarei as que conhecemos e usamos durante nosso curso que foram: Flickr, Twitter, Word, Msn, Blog, Movie Maker, Power Point.
Vou detalhar um pouco de duas delas apenas, mas posso garantir que todas são muito eficientes. Com o Twitter é possível ao professor abrir uma rede de debates entre seus alunos onde todos terão a oportunidade de analisar os comentários de seus colegas e assim acrescentar de acordo com o que acharem oportuno, também é possível a postagem de vídeos e fotos através de um link, pois, nele é limitado o número de caracteres, outro muito interessante é o blog, ele é mais amplo, nele a postagem de imagens é concreta e os textos podem ser analisados por diversas pessoas e não somente os alunos, o professor poderá elaborar um blog para a sala e assim postar os trabalhos de seus alunos estimulando assim o capricho, o empenho, a busca de informações para que o blog fique cada vez melhor e é claro o mais importante o treino da leitura, pois, ao publicar o aluno terá de ler o que está sendo publicado, para não colocar palavras erradas e com o máximo de coerência possível.
Bom para finalizar acredito que esta disciplina é de fundamental importância para o curso de Pedagogia e com certeza foi muito bem escolhida.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Crianças e Internet

Hoje tivemos uma nova experiência, uma aula diferente,estávamos online num bate papo legal e muito produtivo não somente para o profissional de educação, mas sim para todas as pessoas em geral. Conversamos sobre o tema " Qual a idade certa para uma criança começar a usar a internet". Foi interessante porque  pudemos compartilhar nossas opiniões e analisar a de nossas colegas quanto a este assunto e o professor foi intermediando. Na minha opinião este recurso tem sido muito útil em nossas salas de aula e por isso os professores devem se preocupar cada vez mais em aprender a uitilizá-los, desta forma podemos ajudar nossos alunos de forma que eles usem com responsabilidades.Quanto a idade, do jeito que a modernidade avança tão rapidamente isso hoje não se tem idade certa para começar a ser usufluída, mas com muito cuidado no que eles estão usando, para cada idade devemos oferecer o recurso mais apropriado, por exemplo, crianças muito pequenas sites de jogos pedagógicos onde poderão ampliar o raciocínio e textos, pois, temos textos com diferentes recursos gráficos que podem chamar a atenção deles e de acordo com que eles vão crescendo podemos ir oferecendo mais, fechar nossos olhos e negar que utilizem só trará maior curiosidade e assim vontade em usar, e não para só na vontade, eles buscam sim formas preocupantes de assim o fazer. Por isso nós pais e educadores temos que ter o cuidado com o que nossas crianças estão utilizando e uma responsabilidade enorme para que eles não fiquem abandonadas diante desses recursos e esqueçam do que podem ser mais importante como se relacionarem com outras pessoas, conversar olho no olho, movimentar-se ao brincar com bicicletas por exemplo, ou nadar, coisas que podem ser tão divertidas quanto estar na frente de um computador ou vídeo game..

sábado, 10 de setembro de 2011

Resumo do livro " O cidadão de papel"


Alunas: Carla R.A.: 112654 / Cíntia R.A.: 112748 / Daniele R.A.: 112600 / Soraia R.A.: 110242
Professor: João Luis
Data de entrega: 10.09.11
Atividade: Estudo Dirigido - Resumo dos Textos do livro “O Cidadão de Papel” de Gilberto Dimenstein
1.)   Tragédia educacional
Pais que não estudaram e famílias com baixa renda, são hoje o grande foco da tragédia educacional, quando não estudaram difícilmente irá incentivar seus filhos, ou até mesmo estimulam porém se torna difícil o estudar pois os filhos muitas vezes precisam ajudar os pais e devido a isso acabam faltando nas escolas ou até mesmo desistindo logo nos primeiros anos. Outro item importante neste tema são as famílias pobres, que muitas vezes enviam seus filhos para as escolas com o simples intuito de usufruírem da merenda oferecida nas escolas, porém muitas vezes estes alunos já chegam desnutridos e com fome é impossível alguém conseguir se concentrar, o mesmo acontece com os alunos não conseguem se focar nos estudos gerando assim grande número de alunos com pouco nível de alfabetização.
As famíias numerosas e que vivem em condições precárias são fazem parte deste quadro onde é bem complicado, as nossas crianças estarem freqüentando as escolas. Todas essas informações geram um grande “circulo vicioso”, ou seja, um acaba acarretando o outro.
2.)  Impacto econômico
O nível de instrução do trabalhador tem relação direta com a produtividade e com a riqueza material de um país.
Um trabalhador com um nível de escolaridade pode e muito ajudar a empresa que trabalha a crescer, tempo é dinheiro e recurso de produtividade.
3.)  Baixa escolaridade é ameaça à democracia
Quanto menor o nível de instrução, maior é o apoio a regimes autoritários: em pesquisas pela América Latina sobre a democracia, cidadãos com nível educacional superior, 64% dependem a democracia e apenas 14% destes o governo autoritário; enquanto no nível mínimo, os números são 40% para a democracia e 23% para o autoritário. Isto impacta e muito no desenvolvimento econômico de um país cujas empresas, nos dias de hoje, exigem empregar um trabalhador mais especializado e com capacidade de pensar para produzir com qualidade.
4.)  Evasão e repetência
Em mídia, os alunos abandonam a escola antes de completar a 4ª série. A evasão escolar se relaciona diretamente com o nível escolar dos pais e consequentemente com seu nível de pobreza. Os pais pobres requer e necessitam que seus filhos produzam renda também, o que gera a evasão escolar e/ou repetência e assim o ciclo se repetirá com os filhos destes, que ingressarão ao mercado de trabalho com baixo nível escolar.
5.)  Magia da lata
Davi Ribeiro Paiva não acreditava que sairia uma fotografia daquela lata tão comum, mas saiu. A técnica é banal, conhecida como “pinhole”.
Para Davi foi bem mais que a primeira foto que tirou. Ele foi para São Paulo junto com sua mãe e deixou seu pai em Alagoas, seu pai sofre de alcoolismo que deixava muito violento e foi por isso que eles foram para São Paulo.
Davi queria estudar mais não conseguia porque ele tinha 14 anos e os supletivos exigiam que tivesse acima de 14 anos e ele era analfabeto. Para que ele tivesse uma ocupação um educador ensinou a técnica da “Pinhole” levou-o a passear pela cidade para escolher imagens. Munido da lata, o menino escolheu tirar, do alto de um prédio, a foto de uma praça ao ver o resultado no papel a primeira imagem que lhe veio a cabeça não foi da praça mas a de seu pai. Seu pai é fotógrafo de rua em Maceió, ele pensou logo em mandar a foto para seu pai junto com um bilhete escrito à mão, que falasse como a máquina de lata funcionava e para ver que ele aprendera a escrever. E uma de suas fotos fora fixada na parede de um café da “Vila Madalena”.
6.)  Quem é analfabeto
Existem estudos que comprovam que quem não foi pelo menos 4 anos na escola pode ser considerado analfabeto de fato. A democracia é o regime que garante a liberdade de todos escolherem seus governantes. Para um analfabeto, é muito mais difícil avaliar e comprar as propostas, informar-se sobre seu passado. Essa dificuldade existe para qualquer pessoa desinformada, seja ela analfabeta ou não. Um exemplo bom é de Fernando Collor, em 1989 ele venceu as eleições daquele ano. Havia uma série de dados mostrando a diferença entre o que ele prometia e seu passado, e a maior parte de seus votos veio de pessoas com menor instrução. Esse fato mostra o quanto a educação é importante, ela é um dos pilares da democracia, quanto mais politizado for o cidadão, mais difícil será a vida dos demagogos.
7.)  Falta de qualificação
O Brasil é um país carente em recursos humanos qualificados. A nossa força de trabalho tem em média apenas 4,5 nos de escola e a má escola. Esse é um bloqueio sério para sustentar o crescimento econômico e a produtividade das empresas. A grande dificuldade nesse campo não está tanto a falta de recurso, mas sobretudo, a complexidade da tarefa de formação profissional.
8.)  Os professores precisam ser salvos
Um dos problemas que temos com nossos professores de hoje é na qualidade dos seus ensinos, são o fato de serem desatualizados. Vemos o quanto em especial os professores mais antigos buscam pouco ampliar os seus conhecimentos e isto é fatal, pois, desta forma eles não conseguem ajudar realmente seus alunos e principalmente os com maior dificuldades. Pesquisas tem comprovado cada vez mais que os professores tem deixado de lado o hábito da leitura, e como querem desta forma ampliar seu conhecimento???
Outro grande fator é o deque as escolas públicas tem oferecido poucos recursos para o trabalho destes professores, tanto para o uso com os alunos como para uso próprio, no preparo de suas aulas.
9.)  A oca- escola de Kaká Werá
Kaká Werá se trata de um escritor que era índio, ele teve a idéia de ao invés de somente falar sobre sua cultura (indígena) a seus professores, fazê-los vivenciarem a realidade dos índios, criou um espaço que fica em itapecerica da Serra, onde o professores tem então a oportunidade de viver a realidade citada acima.
Uma cultura tão rica e tão diferente da nossa precisava mesmo de um ensino diferenciado,e não somente o de livros, fazer com que nossos alunos entendam o conteúdo proposto, vai além da simples aula com livros e lousa, temos que levar nossos alunos a adquirirem um conceito correto de nossas culturas (que são muitas em nosso mundo) e nada melhor que fazendo-o vivenciarem o real.
10.) Exclusão digital
Os textos vem abordando os laboratórios de informática de nossas escolas públicas que cada vez mais estão em desuso e parte disso é culpa de próprios professores que muitas vezes nem sequer sabem manusear um computador, quanto mais a internet. Em uma escola de Pinheiros em São Paulo isso foi solucionado com a ajuda dos próprios alunos, um grupo se ofereceu voluntariamente para ensinar os professores quanto as dificuldades nesse recurso ( computador e internet) tão importante nos dias de hoje e os professores tem se esforçado bastante e ficam muito gratos aos alunos e ao projeto, para os alunos não é diferente, pois, dessa forma podem ocupar seu  tempo livre com algo produtivo e prazeroso e assim sentirem-se úteis e necessários e não somente muitas vezes simples “alunos indisciplinados”.
11.) Política de cotas
Estudos recentes revelam que ao contrário do que se imagina, os alunos de escolas públicas conseguem ingressar na faculdade em número razoável, o que acontece é que as escolas particulares são mais bem preparadas. É o que vem acontecendo em cursos disputadíssimos como medicina, onde a concorrência é grande e a implantação do sistema de cotas afasta a população pobre do ensino superior.
12.) Brechas no muro da universidade
O problema do acesso as universidades continuam não resolvido, segundo cálculos de pesquisadores é ilusão pensar que haverá vagas nas melhores instituições públicas para todos. É inviável a implantação do sistema de cotas, ou seja, da reserva de vagas para alunos de escolas públicas, que vem tentando reparar essa distorção. Além da desigualdade de oportunidades educacionais para quem mora na favela é uma missão quase impossível.
13.) Depende de nós
Como preparar crianças e jovens para o futuro e usar estratégias inovadoras para formar os líderes de amanhã e quem sabe melhorar uma sociedade desigual com ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres.


           
                                                   

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Como criar um Delinquente

Policiais de Houston, no Texas, publicaram uma norma de 10 pontos de “como criar um delinquente”; é interessante meditar neste resumo:

1- Comece na infância a dar a seu filho tudo o que ele quiser. Assim, quando ele crescer, acreditará que o mundo tem obrigação de lhe dar tudo o que ele deseja.

2- Quando ele disser nomes feios, ache graça. Isso o fará considerar-se interessante.
3- Nunca lhe dê qualquer orientação religiosa. Espere até ele chegar aos 21 anos e “decida por si mesmo”.

4- Apanhe tudo o que ele deixar jogado: livros, sapatos, roupas. Faça tudo para ele, para que aprenda a jogar sobre os outros toda a responsabilidade.
5- Discuta com frequência na presença deles. Assim não ficará muito chocado quando o lar se desfizer mais tarde.

6- Dê-lhe todo o dinheiro que quiser.
7- Satisfaça todos os seus desejos de comida, bebida e conforto. Negar pode acarretar “frustrações prejudiciais”.

8- Tome partido dele contra vizinhos, professores e policiais. (Todos têm má vontade com seu filho).
9- Quando ele se meter em alguma encrenca séria, dê esta desculpa: “Nunca consegui dominá-lo”.

E, finalmente...
10- Prepare-se para uma vida de desgosto.

Vivemos num mundo com tanta violência e visível falta de educação. Vale a pena pensarmos melhor em que tipo de valores estamos repassando ao nossos filhos. Se você achou interessante esta mensagem repasse ao maior número possível de pais, professores e de, futuros pais. O mundo precisa de cidadãos de bem, e a responsabilidade também é nossa

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Olha teu jardim..


OLHA
no teu jardim as rosas entreabertas,
e nunca as pétalas caídas;
OBSERVA
em teu caminho a distância vencida
e nunca o que falte ainda;
GUARDA
do teu olhar os brilhos de alegria
e nunca as névoas de tristezas;
RETÉM
da tua voz risadas e canções
e nunca os teus gemidos;
CONSERVA
em teus ouvidos as palavras de amor
e nunca as de ódio;
GRAVA
em tua pupila o nascer das auroras
e nunca os teus poentes;
CONSERVA
no teu rosto as linhas do sorriso
e nunca os sulcos do teu pranto;
CONTA
aos homens o azul das tuas primaveras
e nunca as tempestades do verão;
GUARDA
da tua face apenas as carícias,
esquece as bofetadas;
CONSERVA
de teus pés os passos retos e puros,
esquece os transviados;
GUARDA
de tuas mãos as flores que ofertaram,
esquece os espinhos que ficaram;
De teus lábios CONSERVA as mensagens bondosas,
esquece as maldições;
RELEMBRA
com prazer as tuas escaladas,
esquece o prazer fútil das descidas;
RELEMBRA
os dias em que foste água limpa,
esquece as horas em que foste brejo;
CONTA
e mostra as medalhas das tuas vitórias,
esquece as cicatrizes das derrotas;
OLHA
de frente o sol que existe em tua vida,
esquece a sombra que fica atrás;
A flor que desabrocha é bem mais importante do que mil pétalas caídas;
E só um olhar de amor pode levar consigo calor para aquecer muitos invernos;
A bondade é mais forte em nós
e dura muito mais do que o mal que nós mesmos praticamos;
Seja OTIMISTA, e não te esqueças de que...
É NO FUNDO DA NOITE SEM LUAR QUE BRILHAM MUITO MAIS AS ESTRELAS!!!
Autor: Desconhecido

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Pollyana Gama e A Menina que Não Queria Dormir

Pollyana Gama nasceu em Taubaté e desde antes mesmo de ser alfabetizada mostrava grande interesse pelos livros, filha de professora segue a profissão de sua mãe, porém, não para por aí, já foi diretora de escola e vereadora em sua cidade natal. Durante sua trajetória de trabalho se torna voluntária em projetos de incentivos a leitura, algo que para ela se tornava muito fácil, pois seu grande prazer pela leitura era visível, principalmente quando representava os personagens de Monteiro Lobato. De tanta inspirações e talento para contar as histórias resolveu criar seu primeiro livro “A menina que não queria dormir”. Uma bela história e que com certeza irá agradar a todos que o lerem. O livro conta uma fábula onde é narrado a noite de uma pequena menina e uma grande decisão tomada por ela para tentar aproveitar mais o tempo ao lado dos pais. Vestida com sua linda camisolinha azul, diz que a noite é muito chata porque tira o tempo de brincar e os dias longos também, pois os pais tem de se ausentarem mais para trabalhar. Portanto enrola a noite toda, fazendo tudo para não dormir e com isso os pais precisam inventar mil coisas para distraí-la na esperança que ela adormecesse, porém, o mesmo não acontece e somente quando a luz do dia começa a despontar é que os pais da menina começam então a compreender o propósito de sua pequena filha.

sábado, 3 de setembro de 2011

Mensagem de Otimismo



Por que ler é importante

Existem vários porquês da importância da leitura! Todo mundo sabe que ler é essencial, mas a maioria acha muito difícil!

Com o intuito de despertar seu interesse pela leitura, vejamos alguns motivos pelos quais você deva começar ou continuar a ler:

1. Entendimento: uma boa leitura leva a pessoa ao entendimento de assuntos distintos. Afinal, o que é entender senão compreender, perceber. Como você saberá conversar sobre determinado tema se não tem percepção ou se não o compreende?

2. Cultura: através da leitura temos possibilidade de ter contato com várias culturas diferentes. Sabemos como determinado povo se comporta, os motivos pelos quais agem de forma distinta da nossa. Além disso, compreendemos melhor o outro quando passamos a saber a história de vida que o cerca. Consequentemente, lidamos melhor com quem é diferente de nós e não temos uma opinião pobre e geral das circunstâncias.

3. Reflexivos: lendo, nos tornamos reflexivos, ou seja, formamos uma ideia própria e madura dos fatos. Quando temos entendimento dos vários lados de uma mesma história, somos capazes de refletir e chegar a um consenso, que nos traz crescimento pessoal.

4. Conhecimento: através da leitura falamos e escrevemos melhor, sabemos o que aconteceu na nossa história, o porquê de nosso clima e do idioma que falamos, dentre muitas outras possibilidades.

5. Leitura dinâmica: quem lê muito, começa a refletir mais rápido. Logo, adquire mais agilidade na leitura. Passa os olhos e já entende sobre o que o texto está falando, a opinião do escritor e a conclusão alcançada.

6. Vocabulário: esse item é fato, pois quem lê tem um repertório de vocábulos muito mais avançado do que aquele que não possui essa prática.

7. Escrita: com conhecimento, reflexão e vocabulário é óbvio que o indivíduo conseguirá desenvolver seu texto com muito mais destreza e facilidade. Quem lê, se expressa bem por meio da escrita.

8. Diversão: sim, a leitura promove diversão, pois quem lê é levado a lugares que não poderia ir “com as próprias pernas”.

9. Informação: através da leitura ficamos informados sobre o que acontece no mundo e na nossa região. A leitura informativa mais usual é o jornal impresso.

O Prazer da leitura - Ruben Alves

O prazer da leitura


Alfabetizar é ensinar a ler. A palavra alfabetizar vem de “alfabeto“. “Alfabeto“ é o conjunto das letras de uma língua, colocadas numa certa ordem. É a mesma coisa que “abecedário“. A palavra “alfabeto“ é formada com as duas primeiras letras do alfabeto grego: “alfa“ e “beta“. E “abecedário“, com a junção das quatro primeiras letras do nosso alfabeto: “a“, “b“, “c“ e “d“. Assim sendo, pensei a possibilidade engraçada de que “abecedarizar“, palavra inexistente, pudesse ser sinônima de “alfabetizar“...

“Alfabetizar“, palavra aparentemente inocente, contém uma teoria de como se aprende a ler. Aprende-se a ler aprendendo-se as letras do alfabeto. Primeiro as letras. Depois, juntando-se as letras, as sílabas. Depois, juntando-se as sílabas, aparecem as palavras...

E assim era. Lembro-me da criançada repetindo em coro, sob a regência da professora: “be a ba; be e be; be i bi; be o bo; be u bu“... Estou olhando para um cartão postal, miniatura de um dos cartazes que antigamente se usavam como tema de redação: uma menina cacheada, deitada de bruços sobre um divã, queixo apoiado na mão, tendo à sua frente um livro aberto onde se vê “fa“, “fe“, “fi“, “fo“, “fu“... (Centro de Referência do Professor, Centro de Memória, Praça da Liberdade, Belo Horizonte, MG.)

Se é assim que se ensina a ler, ensinando as letras, imagino que o ensino da música deveria se chamar “dorremizar“: aprender o dó, o ré, o mi... Juntam-se as notas e a música aparece! Posso imaginar, então, uma aula de iniciação musical em que os alunos ficassem repetindo as notas, sob a regência da professora, na esperança de que, da repetição das notas, a música aparecesse...

Todo mundo sabe que não é assim que se ensina música. A mãe pega o nenezinho e o embala, cantando uma canção de ninar. E o nenezinho entende a canção. O que o nenezinho ouve é a música, e não cada nota, separadamente! E a evidência da sua compreensão está no fato de que ele se tranquiliza e dorme – mesmo nada sabendo sobre notas! Eu aprendi a gostar de música clássica muito antes de saber as notas: minha mãe as tocava ao piano e elas ficaram gravadas na minha cabeça. Somente depois, já fascinado pela música, fui aprender as notas – porque queria tocar piano. A aprendizagem da música começa como percepção de uma totalidade – e nunca com o conhecimento das partes.

Isso é verdadeiro também sobre aprender a ler. Tudo começa quando a criança fica fascinada com as coisas maravilhosas que moram dentro do livro. Não são as letras, as sílabas e as palavras que fascinam. É a estória. A aprendizagem da leitura começa antes da aprendizagem das letras: quando alguém lê e a criança escuta com prazer. “Erotizada“ – sim, erotizada! – pelas delícias da leitura ouvida, a criança se volta para aqueles sinais misteriosos chamados letras. Deseja decifrá-los, compreendê-los – porque eles são a chave que abre o mundo das delícias que moram no livro! Deseja autonomia: ser capaz de chegar ao prazer do texto sem precisar da mediação da pessoa que o está lendo.

No primeiro momento as delícias do texto se encontram na fala do professor. Usando uma sugestão de Melanie Klein, o professor, no ato de ler para os seus alunos, é o “seio bom“, o mediador que liga o aluno ao prazer do texto. Confesso nunca ter tido prazer algum em aulas de gramática ou de análise sintática. Não foi nelas que aprendi as delícias da literatura. Mas me lembro com alegria das aulas de leitura. Na verdade, não eram aulas. Eram concertos. A professor lia, interpretava o texto, e nós ouvíamos extasiados. Ninguém falava. Antes de ler Monteiro Lobato, eu o ouvi. E o bom era que não havia provas sobre aquelas aulas. Era prazer puro. Existe uma incompatibilidade total entre a experiência prazerosa de leitura – experiência vagabunda! – e a experiência de ler a fim de responder questionários de interpretação e compreensão. Era sempre uma tristeza quando a professora fechava o livro...

Vejo, assim, a cena original: a mãe ou o pai, livro aberto, lendo para o filho... Essa experiência é o aperitivo que ficará para sempre guardado na memória afetiva da criança. Na ausência da mãe ou do pai a criança olhará para o livro com desejo e inveja. Desejo, porque ela quer experimentar as delícias que estão contidas nas palavras. E inveja, porque ela gostaria de ter o saber do pai e da mãe: eles são aqueles que têm a chave que abre as portas daquele mundo maravilhoso! Roland Barthes faz uso de uma linda metáfora poética para descrever o que ele desejava fazer, como professor: maternagem: continuar a fazer aquilo que a mãe faz. É isso mesmo: na escola, o professor deverá continuar o processo de leitura afetuosa. Ele lê: a criança ouve, extasiada! Seduzida, ela pedirá: “Por favor, me ensine! Eu quero poder entrar no livro por conta própria...“

Toda aprendizagem começa com um pedido. Se não houver o pedido, a aprendizagem não acontecerá. Há aquele velho ditado: “É fácil levar a égua até o meio do ribeirão. O difícil é convencer a égua a beber“. Traduzido pela Adélia Prado: “Não quero faca nem queijo. Quero é fome“. Metáfora para o professor: cozinheiro, Babette, que serve o aperitivo para que a criança tenha fome e deseje comer o texto...

Onde se encontra o prazer do texto? Onde se encontra o seu poder de seduzir? Tive a resposta para essa questão acidentalmente, sem que a tivesse procurado. Ele me disse que havia lido um lindo poema de Fernando Pessoa, e citou a primeira frase. Fiquei feliz porque eu também amava aquele poema. Aí ele começou a lê-lo. Estremeci. O poema – aquele poema que eu amava – estava horrível na sua leitura. As palavras que ele lia eram as palavras certas. Mas alguma coisa estava errada! A música estava errada! Todo texto tem dois elementos: as palavras, com o seu significado. E a música... Percebi, então, que todo texto literário se assemelha à música. Uma sonata de Mozart, por exemplo. A sua “letra“ está gravada no papel: as notas. Mas assim, escrita no papel, a sonata não existe como experiência estética. Está morta. É preciso que um intérprete dê vida às notas mortas. Martha Argerich, pianista suprema (sua interpretação do concerto n. 3 de Rachmaninoff me convenceu da superioridade das mulheres...) as toca: seus dedos deslizam leves, rápidos, vigorosos, vagarosos, suaves, nenhum deslize, nenhum tropeção: estamos possuídos pela beleza. A mesma partitura, as mesmas notas, nas mãos de um pianeiro: o toque é duro, sem leveza, tropeções, hesitações, esbarros, erros: é o horror, o desejo que o fim chegue logo.

Todo texto literário é uma partitura musical. As palavras são as notas. Se aquele que lê é um artista, se ele domina a técnica, se ele surfa sobre as palavras, se ele está possuído pelo texto – a beleza acontece. E o texto se apossa do corpo de quem ouve. Mas se aquele que lê não domina a técnica, se ele luta com as palavras, se ele não desliza sobre elas – a leitura não produz prazer: queremos que ela termine logo. Assim, quem ensina a ler, isto é, aquele que lê para que seus alunos tenham prazer no texto, tem de ser um artista. Só deveria ler aquele que está possuído pelo texto que lê. Por isso eu acho que deveria ser estabelecida em nossas escolas a prática de “concertos de leitura“. Se há concertos de música erudita, jazz e MPB – por que não concertos de leitura? Ouvindo, os alunos experimentarão os prazeres do ler. E acontecerá com a leitura o mesmo que acontece com a música: depois de ser picado pela sua beleza é impossível esquecer. Leitura é droga perigosa: vicia... Se os jovens não gostam de ler, a culpa não é deles. Foram forçados a aprender tantas coisas sobre os textos - gramática, usos da partícula “se“, dígrafos, encontros consonantais, análise sintática –que não houve tempo para serem iniciados na única coisa que importa: a beleza musical do texto literário: foi-lhes ensinada a anatomia morta do texto e não a sua erótica viva. Ler é fazer amor com as palavras. E essa transa literária se inicia antes que as crianças saibam os nomes das letras. Sem saber ler elas já são sensíveis à beleza. E a missão do professor? Mestre do kama-sutra da leitura...